sábado, 13 de março de 2010

Dilma atribui críticas sobre inauguração de obra suspeita às eleições

Ministra foi homenageada neste sábado (13) no Jockey Clube de SP.
Na sexta (12), visitou com Lula obra investigada pelo TCU.


Pré-candidata do PT à Presidência da República, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse neste sábado (13) que as críticas referentes à inauguração de uma petroquímica na área da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, obra considerada irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU), devem-se à proximidade das eleições presidenciais.


A ministra disse: "Tenham dó de nós, não dá para aceitar. Ninguém com responsabilidade de gestão perante o Brasil pode concordar com isso."

"Eu só atribuo isso ao fato de estarmos vivendo um momento eleitoral. Então as pessoas passam a fazer olhos eleitorais para tudo. Agora, sinto muito. A unidade de propeno da Repar é uma grande conquista para o País", afirmou a ministra, homenageada em um evento de comemoração dos 135 anos do Jockey Clube de São Paulo.

Numa crítica aos governantes que antecederam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma voltou a dizer que o país ficou cerca de 20 anos sem realizar investimentos e considerou "um absurdo" a acusação de que o governo inaugurou uma obra inacabada.

"Essa obra leva no mínimo de quatro a cinco anos para ser construída. Toda ela é construída em módulos. Fomos inaugurar uma das fases mais importantes dela", reiterou.

Dilma defendeu a decisão de Lula de manter o andamento das obras da Repar apesar das irregularidades encontradas pelo TCU. "O que o presidente fez foi muito correto. O presidente disse: sem prejuízo da investigação, nós não suspendemos a obra. Quem é que arca com o ônus? Depois que você para tem um custo para voltar. Quem paga? Quem vai assumir as responsabilidades e explicar para as famílias dos 24 mil trabalhadores que tudo bem, a obra foi suspensa e a gente volta mais tarde?", questionou.

"Não é que a gente não respeite o TCU", continuou. Para a ministra, o problema entre o TCU e a Petrobras está relacionado a um padrão diferente de preços. "O TCU tem um padrão de preços, e a Petrobras diz que com aquele padrão de preços não se faz a obra."

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