O lugar é deslumbrante. Cortado por dezenas de trilhas diferentes, onde em cada trilha a natureza nos reserva surpresas e elementos naturais os mais exóticos. O Vale do Catimbau é um misto de sítio arqueológico e parque de ecoturismo com muitos quilômetros quadrados de chapadões, vales, encostas, caatinga e matas. Suas formações geológicas apresentam os mais diversos tipos e cores de arenito. Datando mais de 100 milhões de anos, onde sua maior elevação registra-se 1.060 metros de altitude, na serra de Jerusalém. Dentro de seus 200 mil hectares de área, existem perto de duas mil cavernas e 28 cavernas-cemitérios conhecidas, tendo uma variedade de inscrições e pinturas rupestres em diversos sítios. É um lugar realmente encantador, vale a pena ser visitado.
As trilhas pelo parque são muitas, algumas delas são obrigatórias como a Trilha das Torres, da Pedra da Concha e a do Cânion. As 3 são caminhadas leves, de poucas horas e muita beleza cênica. As paisagens enchem os olhos e impressionam, já no início da estrada a caminho do parque é possível visualizar uma grande rocha que desponta no meio do vale e que a cada quilômetro vai se transformando na figura de um cachorro. A pedra do Cachorro, como ficou conhecida esta imensa rocha, é facilmente visualizada quando se caminha pela trilha que leva as torres, onde é possível contemplar um dos mais bonitos entardecer do sertão pernambucano, ali o sol parece se dissolver na linha do horizonte. Na base das rochas que levam até as torres estão os “lapiais”, nome dado pelos guias, mas que não se encontra no dicionário, é mesmo difícil definir esta formação tão única. A primeira vista parecem sulcos feitos em baixo relevo na rocha e que despencam do alto de uma parede colossal em tons multicoloridos, com certeza a imagem mais impressionante do parque. Pelos mais diferentes cantos do Brasil, não se tem notícia de uma formação parecida e tão deslumbrante como esta. Na Pedra da Concha, chamada pelos antigos moradores como Pedra Pintada, estão as primeiras inscrições encontradas na região. O único lugar do vale onde as tradições Agreste e Nordeste podem ser observadas num mesmo painel. O parque ainda reserva surpresas aos visitantes, cemitérios indígenas, fontes de água cristalina, cânions e ainda tem como vizinhos os índios da etnia Kapinawá.
Existem grandes atrações no Parque do Catimbau, dentre elas podemos destacar a abundância de inscrições rupestres e a grande beleza cênica dos paredões de arenito e das formações rochosas esculpidas pela ação erosiva do vento. A ocorrência de numerosos sítios de pinturas e gravuras rupestres localizados, principalmente, nos abrigos rochosos das serras são realmente imperdíveis. Tratam-se de pinturas realizadas em épocas pré-históricas, que apresentam uma grande heterogeneidade gráfica, com características que as identificam como pertencentes à classe de registros rupestres conhecidos como Tradição Nordeste e Tradição Agreste, bem como a outras classes ainda pouco definidas. Foram cadastrados, até o presente, 25 sítios arqueológicos que, no estado atual das pesquisas, representam apenas um pequeno percentual da pontencialidade da área em termos. A vegetação encontrada na área do Catimbau é típica de caatinga apresentando grande diversidade de espécies e de estrutura. No entanto, em função das variações de relevo e micro clima, além de espécies típicas da caatinga, estão presentes na área espécies de cerrado, de campos rupestres, de mata atlântica e de restinga. Merece destaque a presença de inúmeros indivíduos arbustivo-arbóreos endêmicos da vegetação dos campos rupestres da Chapada Diamantina (Bahia e Minas Gerais) e que, extraordinariamente, ocorrem na região. Destaca-se a grande abundância de bromélias e cactos. O vale do Catimbau, um pequeno povoado nas bordas do parque, está situado a 289 quilômetros de Recife, é o local indicado para começar a aventura no agreste. É na praça da vila onde se encontram os guias credenciados e habilitados a conduzir os visitantes pelas trilhas e mostrar as formações espetaculares encontradas nas rochas do vale. A origem do nome Catimbau tem várias versões, entre elas cachimbo velho e homem ridículo, prática de feitiçaria, mas a versão mais palpável seria “morro que perdeu a ponta”, considerando que os morros foram se erodindo com o tempo.
Olá amigo...gostaria de ter mais informações a respeito de visitas ao vale, questão de valores...favor vc pode me informar? meu e-mail é indira.demetria@hotmail.com
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