domingo, 28 de março de 2010

Venha conheser esse Paraiso o vale do Catimbau em Buíque pernambuco

Sejam bem-vindos! Este site é dedicado ao Vale do Catimbau e a todo aquele que ama a Natureza! Terra de imensa beleza histórica,geográfica e cultural. Lugar ideal para se conhecer aprendendo, uma natureza composta de exuberantes formações primitivas. É o terceiro Sítio Arqueológico Indígena do país, onde foram encontradas evidências da passagem do homem primitivo.







O lugar é deslumbrante. Cortado por dezenas de trilhas diferentes, onde em cada trilha a natureza nos reserva surpresas e elementos naturais os mais exóticos. O Vale do Catimbau é um misto de sítio arqueológico e parque de ecoturismo com muitos quilômetros quadrados de chapadões, vales, encostas, caatinga e matas. Suas formações geológicas apresentam os mais diversos tipos e cores de arenito. Datando mais de 100 milhões de anos, onde sua maior elevação registra-se 1.060 metros de altitude, na serra de Jerusalém. Dentro de seus 200 mil hectares de área, existem perto de duas mil cavernas e 28 cavernas-cemitérios conhecidas, tendo uma variedade de inscrições e pinturas rupestres em diversos sítios. É um lugar realmente encantador, vale a pena ser visitado.












Durante esses dias visitei o 2º Maior sítio Arqueológico do Brasil o Catimbau.
Catimbau é localizado no interior de Pernambuco em torno do município de Buíque. O lugar é maravilhoso e recomendo a todos que visitem um dia.








Aqui encontramos fósseis de animais selvagens e peixes também com datação de milhões de anos, em alguns locais existe areia movediça(lama gulosa) e barreiras coloridas com mais de 50 cores em arenito. Sua vegetação típica do semi-árido (Caatinga), apresenta curiosas e diversificadas espécimes, além das características do semi-árido que ocupa toda a região.






Ao visitar o Vale do Catimbau - o Paraíso Selvagem - o visitante depara-se inicialmente com a beleza natural dessa região de Agreste.
O reconhecimento do vale é feito através de trilhas e em cada uma delas a natureza reservou belezas naturais diferentes e exóticas. Para quem visita o vale e deseja participar caminhadas através das trilhas, saiba que a maior parte do tempo o visitante permanece andando.
Algumas trilhas oferecem boas condições de visitação. São percursos curtos sem obstáculos e com ótimas identificações de elementos naturais. Quando estiver caminhando o visitante deverá seguir as orientações necessárias dadas pelo guia local durante o percurso. Eis algumas delas:

Uma reserva indígena administrado pelo índio Jurandir, o passeio promete banhos em piscinas naturais e várias trilhas seguidas por um guia.
Foi maravilhoso, se você puder ir, não deixe de visitar. Atualmente a entrada está custando R$ 5,00 e a solicitação de um guia é R$10,00. Nada que não dê para pagar.

Explorar o Vale do Catimbau é como visitar um museu ao ar livre. Praticamente inexplorados, seus 90 mil hectares abrigam belas formações rochosas e mais de 30 sítios pré-históricos, espalhados pelas grutas e cachoeiras encravadas na montanha. Não é à toa que o Vale, situado em Buíque, pequena cidade do Sertão Central, a 291 quilômetros do Recife, é considerado a segunda maior área para estudos arqueológicos do país, perdendo apenas para São Raimundo Nonato, no Piauí. Verdadeiro santuário esculpido pela natureza há 147 milhões de anos, o local foi densamente povoado por coletores-caçadores, que habitavam as escarpas das serras e deixaram marcas inconfundíveis de sua presença. Desde o início da caminhada, o visitante entra em contato com belíssimas inscrições rupestres, que retratam a vida e os costumes dos primeiros habitantes daquelas terras. Sem falar dos cemitérios indígenas, encontrados por toda a extensão do vale.
Mas o que vai mesmo ficar gravado na memória do ecoturista são as paisagens, inesquecíveis. Formado por várias serras e montanhas em arenito, o Vale do Catimbau fica na encosta oeste do Planalto da Borborema, na chamada depressão sertaneja. Em alguns lugares, a altitude chega a quase mil metros, um dos pontos mais altos do Estado. Uma observa

ção mais atenta fornece um painel detalhado sobre a evolução geográfica da região, que passou por um intenso processo de erosão ao longo dos milênios.














Indios Kapinawá em Buíque

Grupo Indígena: Kapinawá

População: 2297



Localização: Município de Buíque, Tupanatinga e Ibimirim, sertão Pernambucano.


IDENTIFICADA. Os Kapinawá são descendente dos índios que habitavam a aldeia de Macaco, referida desde o século XVIII (Anônimo, 1746 e Coutto, .1902: 170) como os índios Prakió ou Paratió. O etnônimo Kapinawá. é conhecido desde o final dos anos setenta,quando seus representantes procuraram a FUNAI e a imprensa em Recife denunciando grande pressão sobre suas terras, invasores, violências da Polícia Militar de Buíque e , graves conflitos com o fazendeiro Romero Maranhão e seu testa-de-ferro local, o grileiro Zuza Tavares sogro do então prefeito de Buíque. Solicitavam ainda “reconhecimento oficial” e regularização das suas terras.
Os índios, que contavam então 42 famílias no Sítio Mina Grande (Pierson, 1981), possuíam uma cópia de documento de doação imperial da propriedade Macaco dos índios feita em 1874.Tal situação levou a FUNAI, através do DPI, a enviar ofício à Delegacia de Buíque determinando que a policia não interferisse na disputa de terra e que garantisse a Integridade das famílias dos índios. Porém, em 28.01.80 a mesma FUNAI, após solicitação da 3ª DR-Recife por radiograma, informou que "desconhecia a existência de aldeamento em Buíque" e "os índios Kapinawá são considerados extintos no Brasil, mas existem no Peru”.
Apesar dessas informações, foi determinada pela Portaria nº 675/ 80 a ida da socióloga Dolores Pierson àquela região, no sentido de realizar pesquisa de "detecção de identidade étnica de um grupo remanescente Kapinawá” (idem). No seu relatório de viagem (05.03.81) sugeria que fosse constituído grupo de trabalho para realizar estudo antropológico e levantamento minucioso desse grupo indígena.
Enquanto isto, persistiam os conflitos que culminariam, em 1982, com um tiroteio na vila do Catimbau, entre Kapinawá e regionais, resultando na morte de dois dos últimos. Este episódio parece ter desencadeado uma disposição negativa por parte da FUNAI regional quanto ao reconhecimento oficial dos Kapinawá, conforme relatório do Delegado Regional do órgão, que visitou a região um pouco depois do incidente (Levay, 1982).Logo em seguida a FUNAI designou, conforme­ ITE nº 004/82 - AGESP, que as antropólogas funcionais Diana Cléa Garcia da Motta e Lúcia Helena Soares de Mello, realizassem "estudo antropológico, pesquisa sobre situação jurídica atual e investigação das causas dos conflitos na área ocupada pelos Kapina­wá". No relatório que apresentaram, entre outras questões abordadas, concluíam
que, apesar da existência de um núcleo populacional com 57 famílias e 505 remanescentes. a formação do grupo enquanto indígena era falso, "inexistia traços culturais indígenas". Além do mais, o "elevado índice migratório", desmistificava a "etnicidade do grupo (muitos não haviam nascido ali)'. Afirmavam que tais pressupostos eram condições necessárias que levariam a formulação da hipótese de que a etnicidade do grupo foi indígena, portanto, foi mas não é mais indígena". Questionavam a validade de se considerar "genealo­gicamente" como índios, “descendentes já na 6º geração” (Relatório sobre os Kapinawá da Mina Grande/PE, p. 17, 39, 41).
Em virtude da continuidade dos conflitos, e, principalmente, pela mobilização dos índios pela demarcação da área, a FUNAI ainda no ano de 1982, realizou consulta à antropóloga Maria Rosário Carvalho da UFBa que visitara a área em 1981 com equipe do Programa de Pesquisa Povos Indígenas no Nordeste, a qual, em carta ao Presidente da FUNAI, de 11.08.82, encaminha parecer sobre a Identidade étnica Kapinawá, concluindo que “tais considerações permitem-nos plenamente aca­tar a identidade indígena reclamada pelos Ka­pinawá. levando-nos a considerá-los como constituindo um povo indígena que devem ter respeitados seus direitos, previstos constitucionalmente”. (Carvalho 1982). No mesmo ano, através da Portaria nº 793, de 08.11.82, foi criado o Posto indígena Kapinawá.
Quase dois anos depois foi então constituído GT para identificar e delimitar a área Kapina­wá (Porta
ria nº 1647/E, de 01.06.84), com técnicos da FUNAI e do INCRA. Os trabalhos de campo. transcorreram no período compreendido entre 12-19.06.84. A área foi identificada com extensão de 12.260 ha abrangendo como pontos limites a Mina Grande e localidades próximas. O GT caracterizou a área como Reserva Indígena, justificando que os “estudos realizados sobre o grupo e suas terras” indicavam “a natureza da ocupação da área de pretensão indígena como Reserva Indígena...” A ação do Governo deve ser rápida, decretando a criação da Reserva Indígena...". Porém, não especificou nem demonstrou as razões que os levaram a essa definição, nem se referem a que 'estudos' teriam se baseado.Tudo faz crer que o GT adotou. para facilitar a identificação, cursos d'água como limites, aproximando a área identificada daquela abrangida pela doação de 1874. Da área doada, porém, o GT excluiu quase toda metade sul da terra, a margem esquerda do riacho do Macaco, onde se concentravam as ocupações de regionais feitas principalmente no início deste século - localidade de Brejo de Fora - e onde os núcleos remanescentes de” descendentes do povo de macaca “Lagoinha e Olho D'Água, não mantinham, à época, reivindicações étnicas. Por outro lado ampliou a área para oeste, no município de Ibimirim, incluindo os núcleos de Santa Rosa e, parcialmente, Quiri d'Alho, cuja população hoje auto-identifica-se como indígena. O trabalho tem o mérito de ter tornado mais precisos os limites leste e norte da área, pela Serra do Pinga e pelos riachos do Coqueiro e Catimbau, respectivamente. por onde vinha se dando as Invasões e grilagens da tradido­nal terra Kapinawá (Sampaio, 1993).
O levantamento fundiário então realizado acabou por referendar disputas entre o núcleo da Mina Grande, que comandara o movimento de resistência e reivindicação étnica de anos recentes e outros núcleos que não “aderiram” à tutela da FUNAI quando da criação do PI, inclusive seus até bem poucos aliados, como o Julião e o da Ponta da Vargem. Em função disto, atendendo à reivindicação de lideranças da Mina Grande, a população destas comunidades foi listada como posseiros, num total de 124 famílias. Por precaução porém, o GT não estendeu esta "listagem” a famílias da própria Mina Grande, então divergentes, dando o levantamento por incompleto. De 1988 até o presente, a maioria dessas 124 famílias, de fato tão descendentes do 'povo de Macacos' quanto as da Mina
Grande originalmente abrangidas pela tutela estatal, tiveram reconhecidos seus direitos indígenas pelas instancias regionais da FUNAI, restando como “posseiros” não mais que duas ou três dezenas de grupos domésticos, próximos às aldeias de Julião e Ponta da Vargem, realmente resultantes de intrusões recentes, há uma ou duas gerações (Sampaio, 1993).
Em 29 de janeiro de 1985 foi enviado aos membros do GTI.Portaria Interministerial nº 002/83, o MEMO nº 009/COORD GT/85 referente a AI Kapinawá, cuja proposta não foi apreciada, tendo em vista não ter sido concluído o levantamento fundiário. Em 1988 o "Quadro de Acompanhamento das AI”, elaborado pela 3ª SUER/FUNAI, apresentava sem alterações a situação da AI Kapinawá, indicava como "Ações a serem desenvolvidas”, o levantamento fundiário e apreciação da proposta pelo GTI nº 94945/87.A área seria incluída, em 1991, numa Ionga lista de mais de cem áreas ("entre outras”, diz a portaria) cujos processos deveriam ser objetos de avaliação ou reestudo por uma Comissão Especial de Análise da FUNAI (port.398, 26.041991). Esta comissão tinha o prazo de um ano para o termino dos trabalhos, o que foi feito somente em 31.07.1993. Há indícios de. que foi produzido um parecer favorável à delimitação da área identificada e a indicação de que fosse realizado um novo levantamento fundiário; no entanto, este parecer não foi formalizado como proposta de delimitação a ser encaminhada ao Ministro para avaliação com sua publicação no Diário Oficial da União, conforme o procedimento mais usual da Comissão.
Informações Complementares:
Os índios Kapinawá reinvidicam um novo estudo de terra que contemple áreas consideradas imprescindíveis para eles, localidades onde encontram-se sítios arqueológicos ou de pinturas rupestres dos seus antepassados, além de considerável número de famílias indígenas fora do perímetro homologado em 1998, com 12.403 ha. O maior contingente dessas famílias está inserido, segundo os índios, na área do Parque Nacional do Catimbal, contígua a TI Kapinawá. Relatórios produzidos por técnicos da FUNAI no ano de 2002, informavam a existência de 147 famílias Kapinawá “desaldeadas”, sendo que 45 encontravam-se no perímetro proposto para o Parque Nacional do Catimbau.





BUÍQUE É MEU LUGAR





sábado, 27 de março de 2010

Indios Xukuru em peenambuco







Indios xukuru no Municipio de Pesqueira


Os Xucuru, com uma população atual de cerca de 3.500 índios, vivem na serra do Ororubá, numa área de 26.980 hectares, no município de Pesqueira.

De acordo com vários pesquisadores, o nome da serra Ororubá possui diversas origens e significados: seria uma corruptela de uru-ybá – fruta dos urus, onomatopaico de várias pequenas perdizes; viria de "orouba", uma palavra oriunda do cariri; seria de origem tupi, vindo de uru-ubá – fruta do pássaro ou ser corruptela de arara-ubá ou, ainda, poderia dizer respeito à expressão designativa da primeira tribo tapuia-cariri localizada na serra.

Sua presença na serra do Ororubá, vem desde a época da colonização portuguesa, como o comprovam alguns documentos. Provavelmente nunca tenham se afastado do local.

Em 1879, como aconteceu com outras aldeias que ainda sobreviviam à invasão do seu território, houve a extinção da aldeia Xucuru pelo Governo. O grupo passou então a sobreviver vagando pela serra.

Foram alvo de perseguições, como a proibição de seus ritos religiosos e da prática do uso de ervas medicinais para curar suas doenças. Porém, a indefinição de seus limites territoriais foi, no entanto, o que mais afetou a existência do grupo. Seu território foi demarcado em 1995, mas o processo de regularização fundiária ainda não foi concluído, ocasionando muitos conflitos pela posse da terra.

Os remanescentes Xucuru que sobreviveram ao processo de perseguições sistemáticas e expropriação d
e suas terras conservaram poucos traços étnicos e culturais. O toré é dançado em poucas ocasiões, não falam mais sua língua nativa, salvo algumas palavras ainda conhecidas pelos mais velhos como, lombri= água; lomba=terra; clariu= estrela; amum= farinha; echalá= fava; maiu= panela; xigó = milho; chrichaú= feijão; memengo= bode, entre outras.

O grupo está distribuído em 18 aldeias: São José, Afeto, Gitó, Brejinho, Canabrava, Courodanta, Bentevi, Lagoa, Santana, Caípe, Caetano, Caldeirão, Pé de Serra, Oiti, Pendurado, Boa Vista, Cimbres e Guarda.

Cada aldeia é constituída por um grupo de famílias, habitando cada uma na sua casa. Toda a aldeia possui um representante, que leva os problemas da sua comunidade para o cacique, que é o representante dos Xucuru como um todo.

Vivem, essencialmente, da agricultura de subsistência, horticultura, fruticultura e do artesanato de bordados de renascença feitos pelas mulheres da tribo.

As principais culturas são milho, feijão, fava e mandioca, porém o que garante a sobrevivência dos índios é a fava, por ser de custo mais baixo que o feijão, sendo colhida durante todo o verão.

Os Xucuru revivem, anualmente, suas tradições mítico-religiosas por ocasião das festas de Nossa Senhora das Montanhas e de São José. Apesar de não serem festas indígenas, servem de motivo para que os índios revivam costumes próprios da sua cultura, através das danças, cantigas em dialeto misturado com português e o cultivo das lendas sobre a tribo, como a que diz: "Nos tempos dos índios inocentes, encontraram a imagem de Nossa Senhora num tronco de jucá, os padres levaram, então, a Santa para a igreja, mas a santa voltou para o tronco de Jucá".

Segundo dizem, é neste local que se realiza o ritual dos caboclos: os homens, vestidos com trajes de palha de milho, com flautas e bastões, dançam no local durante toda a noite.
Buíque é meu lugar

segunda-feira, 22 de março de 2010

INDIOS PANKARARU EM PERNAMBUCO







Cerca de 3.670 índios Pankararu ou Pankaru, vivem numa área de 8.100 hectares no município de Tacaratu, numa reserva indígena localizada entre a sede do município e a cidade de Petrolândia, nas margens do rio São Francisco, em Pernambuco.

O centro da reserva, cujas terras foram demarcadas em 1942, é a localidade de Brejo dos Padres, um pequeno vale de terras férteis que possui várias fontes de água. Há também diversas outras comunidades como Tapera, Serrinha, Marreca, Caldeirão, Bem-Querer e Cacheado.

A presença de não-índios na reserva vem de muitas gerações. A partir de 1979, no entanto, com o aumento dessa população tem ocasionado grande número de conflitos entre posseiros e indígenas.

A referência histórica mais antiga sobre a tribo é do século XVII, data do surgimento da vila da Tacararu, onde existia uma maloca ou ajuntamento de índios Pankararu, chamado de Cana Brava. Há indícios que a fundação da aldeia tenha sido em 1802.

A base da economia Pankararu é a agricultura. As principais culturas são a do feijão, do milho e da
mandioca. Os índios também comercializam a pinha, fruta típica da região e têm no artesanato uma fonte de renda complementar. A fabricação de farinha de mandioca, nas casas de farinha é, ainda, uma atividade comunitária entre os Pankararu.

Devido ao trabalho realizado pelos missionários, os índios cultuam a religião católica, observam o calendário de festas populares religiosas, mas mantêm também rituais, danças e folguedos próprios da sua cultura.

Suas festas típicas mais importantes são a Corrida ou Festa do Umbu e a do Menino do Rancho. Sobre esses rituais eles guardam uma certa reserva.

A Dança dos Bichos é outra manifestação cultural típica dos Pankararu. Nessa dança ganham aqueles que conseguirem representar melhor os movimentos de animais como o porco, o cachorro, a formiga e o sapo.

O toré é dançado ao ar livre por homens, mulheres e crianças, de preferência nos fins de semana. O ritmo é marcado pelo som de maracás feitos de cabaças. Os versos da música são cantados em português, misturados com expressões do antigo dialeto da tribo.

É nas danças e nos rituais que a cultura dos índios Pankararu está mais bem representada. Do dialeto da tribo só existem alguns vestígios nos cantos que acompanham as danças. Sua língua nativa não conseguiu sobreviver.

quarta-feira, 17 de março de 2010

HISTÓRICO DOS ÍNDIOS DE PERNAMBUCO







A história dos povos indígenas de Pernambuco, como a dos demais índios brasileiros, é tarefa ainda a ser realizada. Ao pesquisador se oferecem, como ponto de partida, as dificuldades provocadas pelo fato de que nossos índios não tinham uma linguagem escrita, e que na história do Brasil os personagens indígenas aparecem como o quase animal a ser domado ou exterminado, e não como um semelhante que merecesse do europeu conquistador um tratamento semelhante ao dispensado pelos historiadores e antropólogos modernos.

Assim, é na história da formação da sociedade brasileira que estão escritos, de forma nem sempre precisa, os poucos dados existentes da história indígena, e do processo que significou a quase extinção dos habitantes originais deste país.

Se por um lado, a sociedade brasileira assimilou, além da contribuição à sua formação étnica, usos e costumes indígenas, por outro, não lhe foi ensinado a valorizar a participação do elemento indígena na alimentação, no português aqui falado, na habitação pobre de milhões de brasileiros que vivem em casa de taipa, nos utensílios usados, etc. deixou-se de aprender que nomes como Gravatá, Caruaru e Garanhuns, para citar apenas alguns municípios de Pernambuco, assim como até mesmo bairros do Recife, como Parnamirim e Capunga, estão associados a antigos locais de moradia dos índios. esta mesma contradição é encontrada no estudo da colonização portuguesa em terras pernambucanas que encerra por um lado aspectos de esforço e tenacidade por parte dos portugueses e apresenta ao mesmo tempo exemplo lastimável e brutal de extermínio do elemento indígena.

Como em outras regiões do Brasil, a ocupação do território pernambucano se iniciou pela costa, nas terras apropriadas ao desenvolvimento da agroindústria do açúcar, empreendimento em cujo o início o indígena servia de braço escravo nos engenhos e no trabalho das lavouras principalmente nos estabelecimentos que não comportavam o dispêndio de capital exigido pelo elemento africano.

Marcando o fim de um primeiro período de povoação caracterizado por aparente tranqüilidade, a reação dos indígenas a tal regime de trabalho e exploração, cedo se fez sentir na forma de hostilidades, assaltos, devastações de engenhos e propriedades, promovidos principalmente pelos Caetés, temíveis ocupantes da costa de Pernambuco, e, posteriormente também pelos Potyguaras que habitavam no extremo norte de Pernambuco e pelos Tabajaras, estes antigos aliados dos portugueses.

A ação violenta dos portugueses foi redobrada quando foi morto o primeiro bispo do brasil, acontecimento que motivou a resolução régia estabelecendo escravidão perpétua aos Caetés. na prática, tal medida se estendeu a todos os demais indígenas do litoral e deu caráter legal ao regime primário de esbulho, escravidão e morte instituído pelos chamados nobres que aqui se instalaram.

Desde então, a guerra contra os indígenas tomou caráter sistemático, atenuada apenas quando da aliança de muitas tribos com os franceses e os holandeses que disputavam aos portugueses o domínio da terra. exceto nessas ocasiões, restou aos índios sobreviventes o recurso de emigrar para mais longe da costa.

A prosperidade do empreendimento colonial, entretanto, dependia enormemente do gado que, além de produto básico de alimentação servia como agente motor e meio de transporte, dando origem à primeira fase de expansão da pecuária que se transformaria rapidamente na forma mais generalizada de ocupação das terras do interior nordestino.

No litoral, a agricultura e a criação de gado mostraram-se desde cedo incompatíveis, e, em defesa das plantações, promoveu-se a retirada dos currais para o interior, distante dos engenhos, dos canaviais e dos mandiocais.

Nos fins do século XVIII, vastas extensões do médio São Francisco estavam ocupadas, e o estabelecimento de currais se faria também em direção ao norte, ao longo do vale do Rio Pajeú, atravessando Pernambuco e, em seguida a paraíba, o rio grande do norte, e a oeste, o Piauí. iniciou-se também nas novas áreas ocupadas a distribuição da sesmarias para as quais eram atraídas vastas populações para fundar os currais.

As relações entre criadores e indígenas eram bem menos hostis que entre estes e os senhores de engenho. os grupos mais acessíveis ao convívio com os novos donos da terra e ao trabalho mais ameno nas fazendas de criação permitiu a aliança entre brancos e índios embora isto não impedisse que várias guerras fossem necessárias para expulsar ou exterminar as muitas tribos que se opuseram tenazmente à invasão do seu território. para reforçar a ação dos criadores contra as nações rebeldes, convocaram-se inclusive os serviços dos paulistas, experientes exterminadores de índios, muitos dos quais permaneceram como povoadores das terras quO levantamento é incompleto e calcado apenas parte de fontes ainda a serem extensivamente exploradas. esta informação torna-se particularmente significativa ao se considerar que, segundo relatório do governo da província de Pernambuco publicado em 1873, dos aldeamentos acima citados restavam apenas 07 na segunda metade do século passado: o de escada, o do riacho do mato, o de barreiros, o de cimbres, o de Águas Belas, o do brejo dos padres e o da ilha de assunção desaparecimento de tantas tribos é explicado pelas diversas formas de alienação de terras indígenas postas em prática no nordeste, ou da resolução do governo em determinada época de extinguir os aldeamentos existentes. destas últimas 7 aldeias algumas não alcançaram nossos dias; os povos que compõem as restantes, os Xucuru, os Fulni-ô, os Pankararu e os Truká, foram acrescidos os Atikum, os kambiwá e os kapinawá, identificados mais recentemente, como grupos indígenas ainda existentes em Pernambuco.e foram desocupadas.

Estarei postando as Historias e as culturas de todas as Tribos Índigenas de Pernamboco,os Xucuru, os Fulni-ô, os Pankararu e os Truká, os Atikum, os kambiwá e os kapinawá.


POSTADO POR MANOEL MESSIAS

INDIO KAPINAWÁ MUNICIPIO DE BUÍQUE...

SEMANA DA CULTURA INDIGINA DE PERNAMBUCO





BUÍQUE É MEU LUGAR

sábado, 13 de março de 2010

Dilma atribui críticas sobre inauguração de obra suspeita às eleições

Ministra foi homenageada neste sábado (13) no Jockey Clube de SP.
Na sexta (12), visitou com Lula obra investigada pelo TCU.


Pré-candidata do PT à Presidência da República, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse neste sábado (13) que as críticas referentes à inauguração de uma petroquímica na área da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, obra considerada irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU), devem-se à proximidade das eleições presidenciais.


A ministra disse: "Tenham dó de nós, não dá para aceitar. Ninguém com responsabilidade de gestão perante o Brasil pode concordar com isso."

"Eu só atribuo isso ao fato de estarmos vivendo um momento eleitoral. Então as pessoas passam a fazer olhos eleitorais para tudo. Agora, sinto muito. A unidade de propeno da Repar é uma grande conquista para o País", afirmou a ministra, homenageada em um evento de comemoração dos 135 anos do Jockey Clube de São Paulo.

Numa crítica aos governantes que antecederam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma voltou a dizer que o país ficou cerca de 20 anos sem realizar investimentos e considerou "um absurdo" a acusação de que o governo inaugurou uma obra inacabada.

"Essa obra leva no mínimo de quatro a cinco anos para ser construída. Toda ela é construída em módulos. Fomos inaugurar uma das fases mais importantes dela", reiterou.

Dilma defendeu a decisão de Lula de manter o andamento das obras da Repar apesar das irregularidades encontradas pelo TCU. "O que o presidente fez foi muito correto. O presidente disse: sem prejuízo da investigação, nós não suspendemos a obra. Quem é que arca com o ônus? Depois que você para tem um custo para voltar. Quem paga? Quem vai assumir as responsabilidades e explicar para as famílias dos 24 mil trabalhadores que tudo bem, a obra foi suspensa e a gente volta mais tarde?", questionou.

"Não é que a gente não respeite o TCU", continuou. Para a ministra, o problema entre o TCU e a Petrobras está relacionado a um padrão diferente de preços. "O TCU tem um padrão de preços, e a Petrobras diz que com aquele padrão de preços não se faz a obra."

quarta-feira, 10 de março de 2010

Tribunal de Justiça nega habeas corpus a Pablo e Ferdinando Tonelli


A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco negou, nesta quarta-feira (10), o habeas corpus em favor de Pablo (foto 1) e Ferdinando Tonelli, suspeitos de terem assassinado a turista alemã Jennifer Kloker (foto 2). Dessa forma, ambos seguem detidos preventivamente. O desembargador e relator da sessão, Antônio de Melo e Lima, o desembargador Mauro Alencar, e o desembargador Nivaldo Mulatinho votaram contra o pedido de liberdade. O fato de que eles não têm residência fixa no Brasil, e apresentarem versões contraditórias, também justifica que o habeas corpus não seja concedido. Agora o advogado de defesa, Célio Avelino, irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. No início da semana, o Ministério Público (MPPE), através da Procuradoria Criminal, já havia dado parecer contrário ao pedido de habeas corpus. Segundo a procuradora Maria Tereza de Oliveira, que analisou a solicitação, os argumentos apresentados pela defesa não são válidos, já que o decreto da prisão preventiva é legal. Os suspeitos foram presos por haver indícios suficientes da participação de ambos no crime. Após a prisão, eles apresentaram depoimentos divergentes em alguns pontos. Além disso, resíduos de chumbo foram encontrados nas mãos direitas dos dois suspeitos, de acordo com o exame residuográfico. Esse resultado reforçou a necessidade de aprofundamento da investigação. Jannifer Kloker foi encontrada morta as margens da BR-408 na Quarta-feira de Cinzas, no dia 17 do mês passado. A princípio, a família defende a versão de que ela havia sido vítima de latrocínio – assalto seguido de morte.


BUÍQUE É MEU LUGAR ...

terça-feira, 2 de março de 2010

Maré avança em pelo menos três cidades brasileiras

Água invadiu casas e ruas em Baía da Traição (PB), Recife e São Luís.
Lua cheia aumentou nível do mar nesta semana, segundo especialistas.

No litoral do Nordeste, o mar tem provocado estragos. Em pelo menos três cidades, as ondas avançaram sobre ruas e casas. Em João Pessoa, a onda forte atingiu em cheio as crianças.
Em Baía da Traição, na Paraíba, na tarde de segunda-feira (1º), a maré subiu 2,8 metros acima do nível normal. A água invadiu casas, restaurantes e prédios. Em fevereiro, a prefeitura decretou situação de emergência por causa do avanço do mar.

No Recife, os bares fecharam duas horas mais cedo na segunda. O mar também subiu rápido. Há seis anos, a casa de um casal que sempre quis morar na beira da praia tinha 11 metros de areia na frente do terreno. Agora, o mar já bate no muro.

Em São Luís, construções simples ou edifícios luxuosos, nada escapa da fúria do mar. Pneus, sacos de areia, muros de concreto. Na noite de segunda-feira, foi registrada a maior maré deste ano na capital do Maranhão: 6,5 metros.

Um trecho de uma praia em São Luís está bloqueado, mas não se trata de nenhuma obra pública. Foram os moradores de um condomînio que gastaram mais de R$ 20 mil para comprar pedras. Elas estão sendo usadas para erguer uma barreira de contenção e impedir que a próxima maré alta leve tudo que encontrar pela frente.

Muita gente acredita que o mar está mesmo avançando sobre o litoral do Nordeste, mas os pesquisadores ainda não chegaram a uma conclusão. Eles explicam que, em março e setembro, quando o sol fica alinhado com o Equador, acontecem as maiores marés do ano. Além disso, nesta semana a lua cheia aumentou ainda mais o nível do mar.